sábado

Um dia diferente

   Em um dia do inverno ela percorre o trajeto de sempre. Sua face fria demonstrava uma pitada de ansiosidade, movida a pensamentos e esperanças. Observava então a leve chuva que por onde tocava formava pequenas manchas molhadas, e o barulho desta, para ela, era simplesmente como uma sinfonia. Com passos largos e rápidos que deixavam as pegadas invisíveis do seu sapatinho velho no chão, rápidos assim como os seus pensamentos que flutuavam a medida de que observasse algo.
  Por uma rua estreita, ela se depara com uma grande vitrine, sempre não é do seu interesse as roupas, a vitrine naquele momento se tornou o seu espelho no qual viu o seu semblante no reflexo. Um olhar sem segredos, mãos dentro dos bolsos de sua blusa de frio, é tudo que conseguiu ver. Por um instante se incomoda pelas opiniões alheias de quem a segue com os olhos, mas, recorda dos dizeres de sua mãe: “Seu jeito descontraído e apaixonante”. Diante destes pensamentos que a questionam, ela olha para o céu, em tons de chuva ele se forma, e as nuvens brancas naquele instante ausentes, das quais ela teve falta.
  Próximo ao seu trabalho, ela sente que logo não tomara mais friagem, então o alivio a toca. Com todo o cuidado na frente da porta do seu mundo diário, sobe o degrauzinho derrapante, pois, seu jeito desastroso já lhe trouxe infinitas dores de cabeça, todo o cuidado sempre é pouco para a campeã em quedas. Aperta com firmeza a campainha, que faz um som que sempre a desperta, logo em seguida, apóia as suas mãos na maçaneta, porta se destranca, e os pensamentos que a questionam a partir daquele momento que ela entra e torna a fechar a porta são somente de quais vão ser as novas metas.
   
Continua ...

O conto da vida


    Quem diria se fosse tudo tão simples, se a nossa vida fosse tão fácil, se os padrões fossem atingidos da nossa forma, do nosso jeito. Até que poderia ser um conto de fadas onde os problemas são passageiros, os vilões são poucos, onde a história sempre terminará com um “E viveram felizes para sempre”.
   Tudo na vida é por derivados motivos, se ganhamos conseguimos, e se perdemos o objetivo era para perder e aprender com a situação. Queremos tudo no nosso alcance, manter o controle das coisas a nossa volta para nos sentir seguros e confiantes. As nossas mãos são muito pequenas e querem sempre as coisas imediatas, ou até mesmo pode apontar para o destino que escolhemos sem pensar, e por nós mesmos. As nossas decisões são as palavras chave para a nossa história, somente nós podemos analisar a nossa vida e consequentemente escolher um caminho.
 O principal é olhar para Deus e esquecer os nossos problemas, das nossas dúvidas e temores, ele cuidará de tudo e trará paz e tranquilidade ao nosso coração.



   "E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus." (Filipenses 4: 7)


terça-feira

Rotina de sempre

   
05h30min da manhã o celular me desperta com uma música que passei a não gostar por justa causa. Cara de sono, preguiça, e um bolo de coisas que parece que não querem te ver longe da cama e do sono... Olho no espelho e me deparo com mais um dia, com uns 5 minutos já passados corro para o relógio e vejo que ainda resta pouco tempo para se ajeitar.


   E ENTÃO COMEÇA A CORRERIA!

   Pentear o cabelo nunca foi tão chato como neste momento, depois escovar os dentes e sempre se esquecer de tampar o creme dental, caminhar 15 minutos até o ponto de ônibus (culpa da minha casa que parece ser tão longe da civilização), chego ao ponto de ônibus e espero no banquinho, não aguento e corro para a padaria ao lado para comprar um chocolate logo cedo.

   Embora cansada, espero 10 minutos para o ônibus... E assim vai com pequenas coisas que tomam tanto tempo.

  A vida é um relógio que mesmo parado os ponteiros ainda continuam a trabalhar...


Tatiane Faccin


Crônica que amo ;D

Bar é crônica - Fernando Sabino 
O gato sou eu

Aí então, eu sonhei que tinha acordado. Mas continuei dormindo.
- Continuou dormindo.
- Continuei dormindo e sonhando. Sonhei que estava acordado na cama, e ao lado, sentado na cadeira, tinha um gato me olhando.
- Que espécie de gato?
- Não sei. Um gato. Não entendo de gatos. Acho que era um gato preto. Só sei que me olhava com aqueles olhos parados de gato.
- A que você associa essa imagem?
- Não era uma imagem: era um gato.
- Estou dizendo a imagem do seu sonho: essa criação onírica simboliza uma profunda vivência interior. É uma projeção do seu subconsciente. A que você associa ela?
- Associo a um gato.
- Eu sei: aparentemente se trata de um gato. Mas na realidade o gato, no caso, é a representação de alguém. Alguém que lhe inspira um temor reverencial. Alguém que a seu ver está buscando desvendar o seu mais íntimo segredo. Quem pode ser essa alguém, me diga? Você deitado aí nesse divã como na cama em seu sonho, eu aqui nesta poltrona, o gato na cadeira… Evidentemente esse gato sou eu.
- Essa não, doutor. A ser alguém, neste caso o gato sou eu.
- Você está enganado. E o mais curioso é que, ao mesmo tempo, está certo, certíssimo, no sentido em que tudo o que se sonha não passa de uma projeção do eu.
- Uma projeção do senhor?
- Não: uma projeção do eu. O eu, no caso, é você.
- Eu sou o senhor? Qual é, doutor? Está querendo me confundir a cabeça ainda mais? Eu sou eu, o senhor é o senhor, e estamos conversados.
- Eu sei: eu sou eu, você é você. Nem eu iria pôr em dúvida uma coisa dessas, mais do que evidente. Não é isso que eu estou dizendo. Quando falo no eu, não estou falando em mim, por favor, entenda.
- Em quem o senhor está falando?
- Estou falando na individualidade do ser, que se projeta em símbolos oníricos. Dos quais o gato do seu sonho é um perfeito exemplo. E o papel que você atribui ao gato, de fiscalizá-lo o tempo todo, sem tirar os olhos de você, é o mesmo que atribui a mim. Por isso é que eu digo que o gato sou eu.
- Absolutamente. O senhor vai me desculpar, doutor, mas o gato sou eu, e disto não abro mão.
- Vamos analisar essa sua resistência em admitir que eu seja o gato.
- Então vamos começar pela sua insistência em querer ser o gato. Afinal de contas, de quem é o sonho: meu ou seu?
- Seu. Quanto a isto, não há a menor dúvida.
- Pois então? Sendo assim, não há também a menor dúvida de que o gato sou eu, não é mesmo?
- Aí é que você se engana. O gato é você, na sua opinião. E sua opinião é suspeita, porque formulada pelo consciente. Ao passo que, no subconsciente, o gato é uma representação do que significo para você. Portanto, insisto em dizer: o gato sou eu.
- E eu insisto em dizer: não é.
- Sou.
- Não é. O senhor por favor saia do meu gato, que senão eu não volto mais aqui.
- Observe como inconscientemente você está rejeitando minha interferência na sua vida através de uma chantagem…
- Que é que há, doutor? Está me chamando de chantagista?
- É um modo de dizer. Não vai nisso nenhuma ofensa. Quero me referir à sua recusa de que eu participe de sua vida, mesmo num sonho, na forma de um gato.
- Pois se o gato sou eu! Daqui a pouco o senhor vai querer cobrar consulta até dentro do meu sonho.
- Olhe aí, não estou dizendo? Olhe a sua reação: isso é a sua maneira de me agredir. Não posso cobrar consulta dentro do seu sonho enquanto eu assumir nele a forma de um gato.
- Já disse que o gato sou eu!
- Sou eu!
- Ponha-se para fora do meu gato!
- Ponha-se para fora daqui!
- Sou eu!
- Eu!
- Eu! Eu!
- Eu! Eu! Eu!

sexta-feira

Texto argumentativo

Autocrítica em extinção


   Ao meu ver, hoje as pessoas estão sendo levadas pelos gostos do mundo, pois não tem em mente uma meta e uma escolha definida.

   Tudo indica que, modinhas nos tempos de hoje que está em estado febril, todos querem se adentrar a este mundo tão diferente, por mais que seja uma mudança, ela pode ajudar ou prejudicar a vida de qualquer pessoa.
   No meu ponto de vista, as “modinhas” são como uma fila de pessoas: Só entra quem realmente quer, mas cabe principalmente ao coração a decidir, e não pelas pessoas que te rodeiam pela vida
-Pare e pense...
-Você é você?
   Para finalizar, isso ira contribuir bastante para a sua felicidade, sendo você mesmo, e todos não rotularão por ser igual aos demais, pelo contrário ser diferente é prioridade e é conservar sua AUTOCRÍTICA, e ao olhar ao espelho se reconhecer totalmente.



Autora: Tatiane Faccin

Folha de papel

   Aqui estou eu, sem ninguém para conversar, dialogando com os meus botões, minha caneta e com o meu diário, sem ao menos uma coisa para gastar algumas de minhas muitas energias.
   Nem sempre sou ou estou assim, talvez hoje seja apenas um dia “só”. O silêncio aqui no meu quarto prevalece, no silêncio em que ouço minha própia respiração com um ar de cansaço. Relembrando de coisas passadas que me fazem sorrir.
   Confuso!
   Quando estou com as pessoas que mais amo me sinto bem, mas cada dia é uma história.
   Perdoem-me, mas quando realmente quero desabafar o meu melhor amigo atualmente é o meu caderninho.
   Não tenho nada para fazer no dia, quando chega à noite fico pensando no que eu poderia ter feito, mas afinal diante disso está só apenas o que passou.
   Então me encontro para o desabafo em uma folha de papel. È normal. Passo o dia inteiro pensando na vida e quando começo a escrever, parece que as palavras somem, não tem sentido para isso, vou escrever..E daí ?Para nenhuma pessoa ler? Realmente é essa idéia.
   Isso é bom considero uma ótima terapia além de ir ao psicólogo, porque penso menos e durmo mais, tenho uma ótima noite de sono, nunca se revirando ao passado como um mar que te puxa para todo o instante a algum lugar.



Frase do texto: Perco tempo em pensar porque eu penso tanto?